sexta-feira, 6 de julho de 2007

O Sentido da Escola
Prezados leitores,

li uma entrevista do pesquisador francês Bernard Charlot na Revista Nova Escola (out/2006) onde ele fala sobre o sentido da escola, que é diferente para o aluno e para o professor.


O que realmente fez barulho na minha cabeça foi a seguinte frase dele: "Professores pensam que ensinam e alunos pensam que estudam" (p.16).

A pergunta é a seguinte: "Qual é o sentido da escola para os alunos?"

Charlot: "As crianças francesas acham que, como seus pais, que ganham por hora de trabalho, deveriam ser recompensadas pela quantidade de tempo passado em frente dos livros. Ou seja, as notas deveriam ser proporcionais ao estudo. Mas, é óbvio, essa não é a lógica da escola. A instituição escolar defende que, se o estudante não fez as tarefas, não leu, nem adquiriu um saber intelectual, ele pode ser reprovado. Para esse aluno, isso é uma injustiça, algo ilógico. A maioria dos estudantes gosta de ir à escola para comer, namorar e brincar. Nunca ouço que é um lugar ára aprender. Para eles, os estudos, os trabalhos e as pesquisas existem para atender apenas aos interesses da escola. Assim, professores pensam que ensinam e alunos pensam que estudam."

Bom, talvez devêssemos nos perguntar se realmente estamos preparando as crianças, adolescentes e jovens "para a vida". O que significa e como é preparar alguém para a vida?

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O que você vê no processo de ensino e de aprendizagem?

Expectativa, aprendizado, confiança, criatividade, determinação, persistência, liderança, trabalho em equipe, autonomia, disciplina, motivação, harmonia, superação, são elementos presentes no processo de ensino e de aprendizagem (não somente) a distância.

Assista a apresentação do Riverdance (fantástico grupo irlandês de sapateado) e tente enxergar, nos diversos movimentos da coreografia, o seu próprio processo de ensinar e/ou de aprender . Eu adorei esse exercício!

(se for necessário, acesse http://www.youtube.com/watch?v=hscIhLiiVdM )


terça-feira, 3 de julho de 2007


Olá para todos os visitantes.

Andei ausente por uns tempos, pois estava investindo muito em um trabalho de EAD. Na verdade terminei um trabalho de conclusão de curso que gostei muito de fazer. Outra hora falo sobre esse assunto :-]

Quero compartilhar com vocês algo que talvez seja uma dúvida para algumas pessoas.Um dia desses ouvi uma pessoa dizer que "educação a distância" é um método, não uma modalidade.

O que vocês acham? Mal posso esperar uma resposta. Procurei a palavra "metodologia" no dicionário e encontrei as seguintes definições:

- subdivisão da lógica que estuda os métodos técnicos e científicos;

- arte de dirigir o espírito na investigação da verdade;

- conjunto de regras para o ensino de uma ciência ou arte

- didáctica.

Tenho convicção de que Educação é um processo. O fato de ser a distância apenas me diz que é um processo que ocorre de forma diferente, tem características diferentes. No caso da EAD, o processo de ensino-aprendizagem é mediado por tecnologias. Além disso, os participantes estão separados no tempo e no espaço.

Prof. Moran, já citado aqui anteriormente, escreveu o texto "O que é Educação a Distância". O texto é de fácil digestão, interessante e bastante esclarecedor. Eu recomendo a leitura, principalmente para quem quer entender o que é Educação a Distância. Acesse: http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm..

Hoje, conversando com uma pessoa, que também é professor universitário, soube que na Holanda o processo de você "se servir" de cursos disponíveis em ambiente web (não sei se mediados ou não por computador) tem sido chamado de Educação Flexível, um conceito que merece uma investigação, pois a Educação naquele país é bastante desenvolvida (evoluída?).

Essa é a novidade do dia!

sábado, 16 de junho de 2007

Afetividade e aprendizagem

Por falar em interatividade, já pensaram na questão da afetividade no processo de ensino-aprendizagem?
Principalmente no ensino a distância, a afetividade deve merecer toda a atenção do professor e/ou tutor. Por que? Porque não podemos nos ver todo o tempo enquanto estamos juntos no ambiente virtual, e como é importante olhar nos olhos das pessoas! E o percurso do aluno de EAD muitas vezes é bastante solitário.
Não é fácil ser o mediador da aprendizagem a distância... Existem alguns recursos de texto que nos ajudam a demonstrar afetividade, os “emotions”, mas nem sempre isso é suficiente. Mas creio que quanto mais nos aprimoramos em nos tornarmos “seres sociais virtuais” mais a terapia do abraço tem chances de se tornar algo especial na nossa vida, hehehe (pelo menos no Brasil!)

Henri Wallon, médico, psicólogo e professor francês desenvolveu uma teoria sobre a afetividade que vale a pena conhecer/estudar. Ele diferenciou emoção, sentimento e afetividade e, de acordo com as profas. Ana Maria Sadalla e Roberta G.Azzi, “para Wallon, não há porque se fazer confusão entre emoção e sentimento. A emoção é a
própria expressão da afetividade (...)”.
O artigo “Contribuições da Afetividade para a Educação”, de autoria das professoras nos dá uma visão da teoria de desenvolvimento de Wallon. Disponível em
http://www.faj.br/textosfoco/Afetividade.pdf.
Outro artigo que também tem a teoria de Wallon como base é "Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon", de Mahoney e Almeida. Disponível em
http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752005000100002&lng=pt&nrm=iso
Bom final de semana pra nós! ;-)

Interação em ambiente virtual - livro

Pra quem se interessa pela questão da interação em ambientes virtuais, foi lançado nesta semana o livro Interação Mediada por Computador, de Alex Primo, pela Ed. Sulina, na coleção Cibercultura.

O lançamento aconteceu no COMPÓS2007, encontro anual de alunos do Mestrado e Comunicação e Linguagens da UTP (Universidade Tuiuti do Paraná), que está acontecendo desde o dia 13/06 em Curitiba (PR). Se tiver interesse, acesse o blog do evento: http://compos2007.googlepages.com.

Quem conta essa novidade é Raquel Recuero em sua página, que é bem legal e tem artigos ótimos sobre blogs. (www.pontomidia.com.br/raquel)

Com a crescente formação de redes sociais virtuais, entender o processo da interação nesses ambientes é ponto crítico para se conseguir bons resultados , especialmente se somos educadores no EAD.
Não é o meu caso ainda ;-)).

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Profissionais de EAD - preparados?

Em seu livro "A Galáxia da Internet", Manuel Castells afirma o seguinte: "
Se há consenso acerca das conseqüências sociais do maior acesso à informação é que a educação e o aprendizado permanente tornam-se recursos essenciais para o bom desempenho no trabalho e desempenho pessoal. Embora aprendizado seja mais amplo que educação, as escolas ainda têm muito a fazer com relação ao processo de aprendizado. Em sociedades avançadas, elas estão se conectando rapidamente à Internet. (...)“
O autor compara então alguns dados estatísticos de 1994 e 1999 e continua:
“(...) a Internet estava sendo rapidamente incorporada como uma ferramenta educacional por todo o sistema escolar, e pode-se supor com segurança que, nas sociedades avançadas, ela estaré tão presente na sala de aula quanto o computador. (...) Contudo, Bolt e Crawford (2000), em seu estudo documentado sobre esse assunto, mostraram que a Internet e a tecnologia educacional em geral só são vantajosas quando os professores se mostram preparados.” (Castells, 2004, p.211)
Bom, é aí que eu queria chegar. Penso que quem tem a oportunidade de fazer um curso/estudar para entender o que é a educação a distância, seu potencial para a democratização da educação, etc, percebe a importância da preparação dos profissionais para atuarem nessa modalidade de ensino, para a qual é necessário adquirir novas competências. Por exemplo? A forma de se relacionar com o “aluno virtual”, orientar a aprendizagem de alunos que têm maior autonomia e uma amplitude de ação muito maior na busca de informações e produção de conhecimentos.
O assunto é vasto!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Quando pensamos em educação a distância, hoje, o que nos vem à cabeça é a internet.
Mas a realidade nos mostra que a maioria ainda está um pouco distante de acessar modernos recursos de informática, pelo menos no Brasil.
A mídia impressa ainda domina a EAD . Material impresso é utilizado por 84% das instituições que oferecem cursos a distância, conforme dados do Anuário de Educação a Distância, publicado pela Abed*.
Ao mesmo tempo em que me lembro que o rádio ainda tem papel importante na EAD, fico imaginando como utilizaremos a TV Digital para esse fim.
Como utilizaremos a TV Digital na EAD?
(fonte: Guia de Educação a Distância 2007, ed. Segmento)